quarta-feira, 13 de abril de 2016

Medo de mudar

      Olho-me ao espelho… como estou diferente! Como está diferente o mundo…
       Muitas transformações ao longo dos tempos… mudaram as mentalidades, os hábitos, os objetivos de vida. Acabaram-se com alguns paradigmas, dogmas – verdades inquestionáveis, que eram os pilares do conhecimento da vida e da sociedade.
      Exatamente… mudança! Esta é a palavra-chave para a inovação, para fazer do impossível possível, para construir a felicidade. A mudança é algo intrínseco às nossas vidas. Muitas vezes não podemos simplesmente decidir não mudar. Existe todo um conjunto de transformações biológicas que nos estão associadas. Por isso, a única solução é adaptarmo-nos à realidade.
     Com a mudança aparece o medo. Medo de tomar as decisões erradas, medo de desiludir os outros e a nós próprios, por não conseguirmos concretizar o que era suposto.
      Como temos medo de mudar, refugíamo-nos, ignoramos as oportunidades que surgem entretanto, que acarretam escolhas da nossa parte e mais tarde ou mais cedo não as podemos evitar: temos de tomar uma decisão. E aí, aparecem as ideias ambíguas, questões antagónicas, que nos fazem refletir que passo dar. Muitas vezes, amarram-nos os pés, enlameando-os na escuridão da insegurança e da incerteza!
        A escolha começa a ser cada vez mais difícil e, para aguentar o embate que uma possível queda possa causar, construímos “abrigos” para nos sentirmos protegidos, para pensarmos que se alguma coisa correr mal temos uma saída. Dizemos isso a nós próprios para nos sentirmos melhor e mais confortáveis com a futura decisão. A verdade é que é difícil voltar à realidade existente antes desta, o que significa que é fundamental existir ponderação. Devemos, então, considerar os prós e os contras de cada escolha, para assim chegar à conclusão do rumo a seguir.
      Não vale a pena adiar ou recusar estas importantes decisões. Para que evitar fazer escolhas, fugir das oportunidades, só por ter medo de arriscar e/ou sofrer as consequências? Acabamos por desperdiçar momentos que nos conduziam àquilo que ambicionámos, mas que desistimos por medo de falhar ou de não corresponder às nossas expetativas…
        Fechamos a porta que nos leva à saída de um estado de inércia associado à vida que levamos e o arrependimento acaba por surgir, porque outrora persistiu a fraqueza… sim, fracos por insistirmos em não mudar, ignorando a possibilidade de subir a escada para a felicidade! 

Sem comentários:

Enviar um comentário