Olho-me ao espelho… como estou diferente! Como está diferente o mundo…
Muitas
transformações ao longo dos tempos… mudaram as mentalidades, os hábitos, os
objetivos de vida. Acabaram-se com alguns paradigmas, dogmas – verdades
inquestionáveis, que eram os pilares do conhecimento da vida e da sociedade.
Exatamente…
mudança! Esta é a palavra-chave para a inovação, para fazer do impossível
possível, para construir a felicidade. A mudança é algo intrínseco às nossas
vidas. Muitas vezes não podemos simplesmente decidir não mudar. Existe todo um
conjunto de transformações biológicas que nos estão associadas. Por isso, a
única solução é adaptarmo-nos à realidade.
Com a mudança
aparece o medo. Medo de tomar as decisões erradas, medo de desiludir os outros
e a nós próprios, por não conseguirmos concretizar o que era suposto.
Como temos medo
de mudar, refugíamo-nos, ignoramos as oportunidades que surgem entretanto, que
acarretam escolhas da nossa parte e mais tarde ou mais cedo não as podemos
evitar: temos de tomar uma decisão. E aí, aparecem as ideias ambíguas, questões
antagónicas, que nos fazem refletir que passo dar. Muitas vezes, amarram-nos os
pés, enlameando-os na escuridão da insegurança e da incerteza!
A escolha começa
a ser cada vez mais difícil e, para aguentar o embate que uma possível queda
possa causar, construímos “abrigos” para nos sentirmos protegidos, para
pensarmos que se alguma coisa correr mal temos uma saída. Dizemos isso a nós
próprios para nos sentirmos melhor e mais confortáveis com a futura decisão. A
verdade é que é difícil voltar à realidade existente antes desta, o que
significa que é fundamental existir ponderação. Devemos, então, considerar os
prós e os contras de cada escolha, para assim chegar à conclusão do rumo a
seguir.
Não vale a pena
adiar ou recusar estas importantes decisões. Para que evitar fazer escolhas,
fugir das oportunidades, só por ter medo de arriscar e/ou sofrer as
consequências? Acabamos por desperdiçar momentos que nos conduziam àquilo que
ambicionámos, mas que desistimos por medo de falhar ou de não corresponder às
nossas expetativas…
Fechamos a porta
que nos leva à saída de um estado de inércia associado à vida que levamos e o
arrependimento acaba por surgir, porque outrora persistiu a fraqueza… sim, fracos
por insistirmos em não mudar, ignorando a possibilidade de subir a escada para
a felicidade!
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