sábado, 13 de agosto de 2016

Dicotomia amar vs não ser correspondido

  Quantas vezes gostaríamos de ouvir a palavra “amo-te” ou simplesmente “fica, quero-te perto de mim”? Isso, por vezes, seria a única coisa que precisaríamos de ouvir num momento de felicidade ou principalmente quando estamos no fundo do poço. Poço esse que contém mágoas, que vêm a superfície irromper com a harmonia presente na nossa vida, destruindo-a em mil pedaços que outrora constituíam o nosso ser.
   Eu, mestre da loucura, busco incessantemente alguém que me ame, me compreenda, cuide de mim como se a sua vida dependesse disso… perdesse o sentido se eu não estivesse por perto.
  Chego à conclusão que não sei se é melhor amar ou deambular por um caminho desconhecido, à procura de um rumo para findar o sofrimento que marca os meus dias, infinitos e assombrosos pois não sou amado.
   Deixei de amar a vida, mas não deixei de te amar… não deixei de pensar em ti, não deixei de achar que poderias ser a solução para o estado de inércia que me carateriza. Mas tu nem sequer reparas no amor que sinto por ti, pois não? Será que sentes algo mais por mim?

   Procuro respostas… não as encontro… quero-te dizer o que sinto, mas e se a minha dor aumentar ainda mais, depois de perceber que navegava num barco sem rumo, que não me levava a um lugar seguro? Pois, o meu problema foi e continua a ser esse: percorrer um mar de ilusões e melancolia.
   No entanto, sem te dizer o que sinto, a incerteza permanece forte como nunca, porque não sei o que pensar, sentir ou fazer… libertem-me deste sufoco que me impede de ser feliz!
  Amar ou não amar? Digo que te amo ou não digo? Isto nem deviam ser perguntas plausíveis … quem não quer amar as pessoas por quem sente admiração e, ao mesmo tempo, dizer-lhes que são importantes para nós? Mas se é para viver assim, sempre com esta dor que nunca mais cessa, é preferível desistir de amar e deixar de demonstrar esse sentimento. Para quê amar e não ser correspondido?
   Amar pelos vistos não combina com o meu estado de espirito, com a minha vida.
  Vai, desaparece, não voltes… faz com que isto que eu sinto, que é algo indecifrável desvaneça, se torne indolor, como se nada tivesse acontecido.
   A dúvida permanece sempre, nada está concertado, no desconcerto que é o meu mundo…


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